Desnecessauro Rex e o comportamento nas redes sociais

Blog do Matheus Colen > Desnecessauro Rex e o comportamento nas redes sociais

Hoje dei muita risada com a imagem acima. (sim, eu gosto de ‘piada besta’). Vi uma imagem dessa no post lá do YouPix que levanta um debate muito bacana. Você já parou pra pensar no seu comportamento nas redes sociais? Se não, então você precisa ler os “6 tipos de posts insuportáveis e desnecessários do Facebook”. Mas antes, vamos levantar algumas questões para você pensar a respeito.

1 – O problema do excesso de exposição da sua própria vida.

Imagine que você está no supermercado fazendo as compras do mês e, sem querer, esbarra teu carrinho num sujeito que escolhia tomates. Você pede desculpa e quando ele se vira, vem a surpresa. É aquele colega do colégio que você não vê pessoalmente já faz algum tempo, e com quem você nunca teve uma amizade de verdade. Sempre foram apenas colegas, meros conhecidos.

Pois bem, o sujeito nem pergunta como você está e já começa a falar da última viagem que fez pra Paris, das promoções que conseguiu no emprego, de como a mulher dele é maravilhosa e de como gostou do Temaki de toucinho à bolonhesa (urg!) do restaurante ítalo-japonês, ou nipo-italiano, em que foi almoçar ontem. Quando essa conversa terminar, se você não tiver enfiado um tomate na boca dele, qual é a impressão que você vai ter desse cara? De que ele é meio mala, certo? Ou de que pelo menos ele merece umas tomatadas.

Justin Bieber Fight Paparazzi
Nem quem vive de explorar a própria imagem, gosta de se expor em excesso.

Quando você posta algo nas redes sociais é como se você estivesse num diálogo desses. A diferença é que todos estão ouvindo a conversa e podem participar dela também. Falar o tempo todo sobre o que você faz, os amigos legais que você tem, o marido ou esposa maravilhosa que Deus te deu de presente, o seu inegável sucesso profissional e sobre como você é um sujeito feliz, nada mais é do que expor a sua vida pra um monte de gente que, muito provavelmente, não quer saber dela. Pelo menos não nesse grau.

Sun Tsu, aquele sujeito que escreveu um livro chamado ‘A Arte da Guerra’ há alguns milênios atrás, dizia que pra você vencer uma batalha é preciso conhecer bem o terreno onde ela será travada. Portanto, pare de fornecer informações gratuitamente sobre o terreno da sua vida. Seus inimigos não hesitarão em se aproveitar disso. (beijinho no ombro pra eles, recalcados!)

2 – Profiles de redes sociais são avaliados por recrutadores.

Existem inúmeras matérias sobre isso. Inúmeras mesmo! Dá uma olhada aqui. Muita gente debate se esse tipo de avaliação é certa ou errada. Na dúvida, tente não queimar o seu próprio filme. Um currículo fala muito bem sobre o seu perfil profissional. Contudo, durante um processo seletivo, essa não é a única informação a ser avaliada pelo recrutador. Lembrem-se, ‘a mocinha do RH’, em geral, é formada em psicologia. Ela sabe que o seu LinkedIn é um lugar onde você fala muito bem de si mesmo. E também sabe que no Twiiter e no Facebook é onde você fala a verdade.

Dependendo do cargo ou do processo seletivo que você participa, os recrutadores irão pedir referências para antigos chefes e colegas de trabalho. Eles fazem isso para validar as informações que você passou e, durante o papo com o antigo gestor, conhecer um pouco mais do seu perfil. Atualmente, as coisas que você diz nas redes sociais fazem parte dessa equação. Afinal de contas, o seu perfil comportamental está documentado ali. De graça!

Além de comentários inapropriados, preconceituosos, piadas de mal gosto, consumo de drogas ou álcool em excesso, os recrutadores também estão de olho num ponto extremamente importante e que é o calcanhar de Aquiles de muita gente. De acordo com matéria da consultoria “Cia de Talentos”:

Também é motivo para não contratar, segundo os pesquisados, a falta de habilidade para se comunicar nas redes sociais.

Sim. O português ainda mata muitas oportunidades nas nossas vidas, não é mesmo? Na dúvida, não escreva nenhum post com a palavra exceção. Afinal de contas, nem o Google Docs sabe escrever essa palavra.

3 – Tente não ser uma pessoa repetitiva, tenha conteúdo.

Um mês se passou e lá vai você pro mercado novamente. Advinha quem está na banca de tomates? Pois é, nessas horas é melhor fingir que não viu e sair de fininho. Sabe como fazemos isso nas redes sociais? UNFOLLOW. Sim, você pode perder amigos e seguidores por conta das coisas chatas que você vive repetindo o tempo todo sem parar.

Tomatada
Tem gente que merece, né?

Uma rede social vive de conexões, não faz muito sentido se elas não existirem. Para evitar isso, o Facebook encontrou uma maneira de deixar os usuários selecionarem o que eles não desejam ver no feed de notícias sem precisar desfazer amizades. Eu uso bastante esse recurso. E pode acreditar, muita gente usa.

Agora você entende porque aquela foto do seu prato de comida ou do seu gato fofinho não conseguem mais tantos likes? Não é porque as pessoas não gostaram, é porque elas nem viram! Portanto, tente ser um sujeito agradável socialmente. Transporte o seu ‘chá de simancol’ para o mundo virtual.

Os melhores posts que eu vejo no meu Facebook são indicações genuínas de conteúdos que meus amigos gostaram. A internet é um local para diálogos e não monólogos. Quantas músicas, filmes, livros, sites, blogs, tiras de quadrinhos e eventos eu não descobri desse modo?

Pra finalizar, vá agora ler o post lá do YouPix! Sinta-se livre pra dar as suas tomatadas nos comentários abaixo.

Leia também

Leia também

spot_img