RCM 2017: Sony Pictures apresenta negócios globais

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O primeiro dia oficial de evento foi inaugurado pelo painel da Sony Pictures. Apresentado pela vice-presidente de programação e produção, Marie Jacobson, o painel apresentou algumas informações interessantes sobre o que a Sony anda buscando no mercado audiovisual global.

Sony Pictures no Rio Content Market

Logo no início do painel, Marie pronunciou uma espécie de lema que vem rondando o mercado audiovisual e publicitário principalmente nos últimos três anos: Content is the driver. Mas o conteúdo é o driver do quê afinal? No caso da Sony, é o driver do crescimento global da marca.

Nos dias de hoje é extremamente difícil para as marcas e canais conseguirem capturar a atenção de seu público. Todos temos celulares, tablets e outros tipos de computadores portáteis que nos permitem fazer dezenas de coisas ao mesmo tempo. O desafio de se conectar com uma audiência tão distraída é cada vez maior. E é por isso que o conteúdo tornou-se importante nesse cenário. Porém, para conseguir captar a atenção do espectador/usuário, o conteúdo deve trazer criatividade e inovação.

O papel da Sony é entregar o melhor conteúdo por meio das mais diversas plataformas. No Brasil, a empresa opera os canais Sony, AXN e o Crackle, que é o serviço de VoD da empresa. Eles estão expandindo a oferta de canais ao redor do mundo, conectando-se com bilhões de pessoas. Marie diz que o crescimento da marca é explosivo.

Cross divisional wins

Para sustentar esse crescimento, o foco está em conteúdos que possam oferecer uma relação de ganha-ganha entre as plataformas operadas pela empresa. A Sony trabalha para conseguir ampliar o conteúdo que eles produzem localmente, oferecendo-lhe alcance global por meio dos canais de televisão e da distribuição digital. Portanto, se o conteúdo for capaz de transitar pelas várias plataformas, melhor.

Em 2016, a Sony produziu 92 obras originais para suas plataformas digitais. Segundo Marie, o Brasil é o quinto maior mercado consumidor de conteúdo digital no mundo. Portanto, estamos no foco de investimentos da Sony. E nessa busca por conteúdo, a VP da Sony apontou quatro características que os projetos devem ter:

  • Devem possuir marcas diferenciadas (lembra da originalidade e criatividade que ela mencionou antes?);
  • Devem ser capazes de se conectar com a audiência em todas as mídias;
  • O conteúdo deve ser incrível;
  • Paixão pelo projeto e convicção em seu sucesso são características que eles valorizam nas pessoas que lhes levam projetos;

Em seguida, ela mostrou o gráfico de um funil, apresentando o filtro que é feito nos projetos:

  • 500 projetos avaliados pelos executivos;
  • 70 deles tiveram seus roteiros comprados;
  • 20 desses roteiros foram eleitos para terem pilotos produzidos;
  • 8 destes pilotos se tornaram séries de fato;
  • 3 destas séries foram renovadas.

Sobre os canais operados pela Sony Pictures

Sony Pictures Shark Tank Brasil
Shark Tank Brasil – formato original do Japão com potencial para audiência global.

Marie também falou mais um pouco sobre como são programados os canais da Sony. Eles trabalham basicamente de duas maneiras: comprando conteúdo pronto e investindo em produções originais, que também podem ser formatos de programas que possuam abrangência global.

Local Original Series

Neste tópico, a VP de produção e programação da Sony mencionou que a empresa procura por projetos que tenham caraterísticas locais, mas que ao mesmo tempo possuam um potencial para atingir a audiência global. A Sony está desenvolvendo dezenas de projetos ao redor do mundo dessa maneira, de acordo com um gráfico que ela apresentou.

Maire também deu como exemplo o formato de programa Shark Tank, onde os concorrentes precisam apresentar novas ideias de negócios para um grupo de investidores. A ideia original é de uma TV japonesa, que trouxe para a Sony e teve seu projeto distribuído mundialmente.

Global Original Series

A produção de séries originais é uma tendência, já verificada e comprovada pela NETFLIX (menção nossa). Marie explicou que a Sony está investindo nessa área dando uma certa liberdade ao conteúdos, favorecendo a relação entre a série e a audiência. Interatividade é importante. Ela explicou o case da série Absentia, que já possui traillers produzidos por fãs.

A série está sendo produzida originalmente para o Crackle e não se trata de uma super produção com orçamentos milionários. O fato do criador da série ser um roteirista novo foi o que chamou a atenção e viabilizou a produção do conteúdo.

Ainda sobre as produções orginais, Marie mencionou a série Skeleton Crew. O projeto foi escrito por nove roteiristas, que adaptaram a ideia original ao conhecimento do mercado global que a Sony trouxe. A série vai ser produzida na Polônia por roteiristas e produtores “topo de linha” e será distribuída mundialmente.

Co-produções Sony Pictures

É fato que ninguém realiza nada sozinho, ainda mais no audiovisual. A Sony busca por parceiros de produção para viabilizar a realização dos conteúdos. Eles estão caçando obras originais e parcerias locais para o desenvolvimento desses projetos. Ela explicou que a Pinewood é uma das principais parceiras da Sony nesse modelo de produção.

Sobre o perfil dos canais, Marie Jacobsen disse o seguinte:

  • AXN: Crime dramas, conteúdos com forte carga dramática;
  • Sony: Dramas mais leves, divertidos;
  • Crackle: recebe os conteúdos dos dois canais;

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